Engenheiro discutindo com assistentes virtuais em ambiente de construção com gráficos e documentos digitais ao redor
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Nos últimos anos, percebi que o setor da construção está vivendo uma transformação que mexe com a essência do trabalho do engenheiro. Não é só sobre novas tecnologias aparecendo, mas sobre uma mudança real na forma como tomamos decisões, organizamos informações e buscamos soluções em cada etapa de uma obra. O que está por trás disso? A inteligência artificial (IA). E confesso que, no começo, olhei com certo ceticismo. Hoje enxergo oportunidades concretas para todos nós.

A matriz de Kai-Fu Lee: um guia para entender a IA na engenharia

Um conceito que mudou minha forma de enxergar o impacto da IA no trabalho é a famosa Matriz de Kai-Fu Lee. Nos meus estudos, entendi que ela é uma ferramenta poderosa para desenhar estratégias no ambiente da construção. Mas antes, o que é essa matriz?

Ela propõe um simples cruzamento: de um lado, mede o quanto uma tarefa pode ser automatizada; do outro, o quanto exige criatividade ou empatia humana. O resultado são quatro quadrantes que ajudam a mapear onde a IA pode atuar sozinha, onde a intervenção humana ainda é indispensável e onde precisa haver integração entre ambos.

Quem entende a matriz, deixa de temer a IA e começa a guiá-la.

No setor da construção, onde há desde cálculos detalhados até a negociação entre equipes, saber onde cada trabalho se encaixa nessa matriz pode definir o sucesso das empresas, e dos profissionais.

Os quatro quadrantes da matriz e o papel do engenheiro

Quadrante 1: tarefas repetitivas e automatizáveis

Essas são aquelas atividades que seguem padrões claros, regras bem definidas e, honestamente, poucas surpresas. Pense nos cálculos automáticos de quantitativos, geração de orçamentos básicos e elaboração de cronogramas padronizados. Muitos softwares já vêm ajudando nisso, e agora, a IA leva esse ganho a um novo patamar. Na Plataforma Simia, por exemplo, percebo como deixar certas etapas nas mãos da IA libera tempo para que eu foque no que realmente importa.

  • Processamento de planilhas de custos;
  • Simulações de prazos e recursos;
  • Análise prévia de documentos padronizados.

Essas tarefas podem ser, sim, realizadas de forma mais rápida e confiável quando a IA entra em cena.

Quadrante 2: tarefas com baixa automação, mas alta criatividade ou empatia

Neste campo estão aquelas atividades de engenharia que exigem decisão sensível, negociação, criatividade para propor soluções inusitadas. Um exemplo: coordenar um acordo entre o cliente e a equipe técnica sobre mudanças inesperadas em um projeto. A máquina pode sugerir cenários, mas a escolha do caminho ideal ainda passa por nossa experiência e visão humana.

  • Liderança de equipes multidisciplinares;
  • Identificação de oportunidades inovadoras durante a execução da obra;
  • Mediação de conflitos em campo.

Nesse quadrante, o protagonismo continua sendo humano, a IA serve como apoio, não como substituta.

Engenheiro liderando uma equipe de obra com telas digitais mostrando dados de IA Quadrante 3: tarefas que unem IA e criatividade humana

Esse quadrante é, na minha opinião, o mais interessante. Aqui mora a colaboração real, onde humanos e IA somam forças: a máquina analisa, processa dados e apresenta cenários, enquanto nós, engenheiros, ponderamos fatores subjetivos, contexto e experiência para tomar decisões melhores.

Analiso junto à IA os riscos de um projeto, por exemplo. Ela mostra tendências, probabilidades e simulações, mas cabe a mim considerar o histórico daquela obra, peculiaridades da equipe e expectativas do cliente. Na Plataforma Simia, vejo como os debates entre especialistas ficam mais ricos e objetivos quando a IA estrutura informações e sugere caminhos.

  • Análise avançada de riscos e oportunidades;
  • Sugestão de ajustes estratégicos no planejamento;
  • Gestão de cenários complexos para tomada de decisão.

O segredo é saber “conversar” com a IA, moldando suas sugestões à realidade de cada obra.

Quadrante 4: tarefas pouco estruturadas e de baixa automação

Por fim, estão as atividades pouco padronizadas, cheias de ambiguidades, e que exigem forte presença humana. Aqui a IA ainda não consegue contribuir de maneira relevante. Penso em casos como a motivação do time em momentos de crise, gestão de cultura organizacional ou decisões sobre valores e ética no processo construtivo.

  • Criação de estratégias para lidar com eventos imprevistos únicos;
  • Construção de confiança e relações a longo prazo com clientes;
  • Desenvolvimento de políticas internas alinhadas a valores humanos.

Essas atividades continuam sendo, e acredito que vão permanecer por muito tempo, responsabilidade dos profissionais.

Como usar a matriz para mapear suas atividades?

Depois que conheci e comecei a aplicar a matriz de Kai-Fu Lee, passei a dividir minhas tarefas de engenharia em cada um desses quadrantes. O resultado? Dá para entender rapidamente onde posso confiar mais na IA, onde preciso usar o melhor das equipes e onde a integração é o caminho mais lógico.

Se você quer experimentar, sugiro um exercício: liste suas principais atividades no dia a dia e classifique nessas categorias. Surpreende o quanto conseguimos enxergar possibilidades de ganho de tempo e clareza. E ao usar ferramentas como a Plataforma Simia, esse processo fica ainda mais ágil, pois debates estruturados criam relatórios em poucos minutos, valorizando o que a IA faz bem sem substituir o que só humanos entregam.

Por que engenheiros não devem temer a IA

Recebo essa pergunta o tempo todo: “A IA vai tirar o emprego dos engenheiros?” Sinceramente, vejo isso sob outro ângulo. A IA é o que você faz dela: ameaça, se você ignora; parceiro, se você aprende a direcionar. O segredo é se posicionar como alguém que entende o potencial da IA e sabe guiar suas entregas com base em contexto, conhecimento tácito e olhar humano.

A integração homem-máquina é tendência, mas principalmente necessidade para quem quer obras entregues no prazo, com decisões mais rápidas e menos reuniões improdutivas. A experiência mostra que quando engenheiros colocam a IA para trabalhar ao seu lado, ganham tempo, assertividade e reconhecimento no mercado.

Integração entre humanos e IA: decisões melhores, obras no tempo certo

Para mim, está muito claro: a inteligência artificial está mudando o papel do engenheiro, mas não está diminuindo sua importância. Quem souber usar a IA a favor, delegando tarefas repetitivas, focando energia em criatividade e buscando o equilíbrio entre máquina e ser humano, vai sair ganhando. A Matriz de Kai-Fu Lee deixa isso simples de visualizar e aplicar.

Se você ainda não aproveitou para conhecer a Plataforma Simia e testar debates estruturados, convido a dar esse passo. É o caminho natural para quem quer tomar decisões técnicas alinhadas, com menos retrabalho, menos perda de tempo e mais resultado real nos canteiros de obra.

Perguntas frequentes

O que é inteligência artificial para engenheiros?

Para engenheiros, inteligência artificial é o uso de softwares e algoritmos desenvolvidos para analisar dados, automatizar tarefas e apoiar decisões técnicas em projetos em construção, planejamento, orçamento e gestão contratual. Ela funciona como uma ferramenta que processa grandes volumes de informações e sugere caminhos, sempre baseando-se em regras lógicas e padrões que identifica nos dados.

Como a IA impacta o trabalho do engenheiro?

A IA transforma o cotidiano do engenheiro ao assumir atividades repetitivas, aumentar a precisão dos cálculos, facilitar a análise de riscos e possibilitar tomadas de decisão mais rápidas e embasadas. Com isso, libera mais tempo para tarefas criativas, inovadoras e de gestão de pessoas e equipes.

Engenheiros vão perder empregos por causa da IA?

Não acredito que engenheiros perderão empregos devido à IA, mas sim que o papel do engenheiro está mudando. Quem se adaptar e aprender a usar a IA como aliada tende a se destacar, pois agregará valor onde a máquina não alcança: criatividade, tomada de decisão ética e coordenação de equipes.

Quais habilidades os engenheiros devem aprender com IA?

É fundamental aprender a interpretar dados, estruturar problemas para que a IA possa ajudar, entender os limites das ferramentas digitais e desenvolver habilidades de comunicação, inovação e negociação. Essas são competências que complementam o uso da IA e valorizam o profissional.

Vale a pena investir em cursos de IA para engenheiros?

Sim, vale a pena investir em cursos e treinamentos de IA focados no setor de engenharia e construção, pois aceleram o desenvolvimento de uma abordagem mais estratégica e antenada com as tendências do mercado. Isso aumenta a empregabilidade e prepara o engenheiro para ser protagonista nas grandes transformações do setor.

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